quinta-feira, 12 de abril de 2012

A vergonha do futebol do Sport

Gustavo Dubeux assumiu a presidência executiva do Sport em janeiro de 2011 dando muita esperança ao torcedor Rubro-Negro, pois em sua posse cravou uma frase impactante: “Os nossos sonhos terão inveja do nosso futuro”. O clube realmente vai crescendo administrativamente, vai captando patrocínios e outros tipos de renda, se modernizando, se estruturando, construindo o tão sonhado Centro de Treinamento, mas no futebol profissional, seu carro chefe, o Leão não anda nada bem.

A má fase do futebol do Sport é tamanha que Dubeux está correndo sério o risco de ser um dos poucos presidentes que não conquistaram nenhum título em um mandato completo, que dura dois anos. O último presidente a não conquistar um título sequer em um mandato inteiro foi Roberto Massa, no biênio 85/86.

A glória de Dubeux no futebol foi apenas o sofrido, inexplicável, inigualável, surpreendente, e obrigatório acesso a Série A em 2011, que também contou bastante com a força da torcida leonina. Com exceção desse acesso, o Sport só vem colecionando humilhações. Também em 2011, a agremiação Rubro-Negra perdeu o tão sonhado hexacampeonato estadual para o Santa Cruz da Quarta Divisão. Nesse certame o clube foi derrotado três vezes para o time tricolor (duas delas em plena Ilha do Retiro) e também sofreu derrotas para os modestos Cabense, Araripina, Porto e Vitória. Já na Copa do Brasil o Sport teve uma eliminação precoce para outro componente da Quarta Divisão, o modesto Sampaio Corrêa do Maranhão. A eliminação aconteceu na Ilha com um empate em 2x2.

Em 2012, apesar de não estar convencendo, a liderança do Campeonato Pernambucano é do Leão, mas na Copa do Brasil houve outra eliminação precoce e ainda mais dolorosa, desta vez para o Paysandu, da Terceira Divisão, que nunca havia passado as oitavas de final da competição e foi conseguir isto justamente contra o Sport. A desclassificação diante do Papão ainda contou com dois agravantes, pois os paraenses não venciam os pernambucanos há 51 anos e para se classificarem venceram logo os dois jogos, sendo o primeiro por 2x1 no estádio Mangueirão no Pará e o segundo por 4x1 em plena Ilha do Retiro (quando o Sport precisava de uma vitória simples), um total de 6x2. Um dos gols do Paysandu diante do Leão pernambucano foi do atacante Adriano Magrão, que não marcava há cerca de seis meses.

O Sport vai iniciar a Série A do Campeonato Brasileiro, competição de maior nível no Brasil, em cerca de um mês e está dependente de um executivo de futebol chamado Cícero Souza (que não acreditou no acesso a Série A), inteligente, com um bom currículo, mas que no mínimo não conhece a força Rubro-Negra e por isso fez contratações inexplicáveis para o clube como o zagueiro Wagner Silva, o lateral-esquerdo Julinho, o volante Milton Júnior e o meia Marquinhos Gabriel. Além disso o dirigente é um dos quem mais insistem em manter o técnico falastrão Mazola Júnior na Praça da Bandeira (assim como o vice-presidente do Conselho Deliberativo Luciano Bivar), que foi mantido no cargo de 2011 para 2012 erroneamente e que não consegue transformar o Sport em uma equipe, lhe dar padrão de jogo. Outros agravantes negativos de Cícero são as manutenções de jogadores reservas da Série B de 2011 para 2012, um ano de Série A, como o zagueiro Montoya, o lateral-esquerdo Diogo Goiano e o volante Rithely, além do empréstimo inexplicável do meia Diego Torres ao Caxias. O empréstimo do meia aconteceu sem ao menos o Leão ter outro atleta da posição de razoável qualidade no seu elenco, a exceção de Marcelinho Paraíba, o qual o time é muito dependente, por isso as vezes ele “pinta e borda” e ninguém na agremiação toma uma atitude de verdade.

Gustavo Dubeux precisa avaliar com os demais integrantes da direção (os dirigentes torcedores) o que está acontecendo de verdade, abrir os olhos e agir, pois com esse negócio de pedir calma e agir com inércia e omissão o ano pode terminar terrível com a perda do estadual e principalmente com a queda a Série B. Cadê os diretores Rubro-Negros para questionar Cícero em suas ações? Cadê as cobranças (em relação aos objetivos) semanais e fortes sobre o treinador e o elenco? Cadê as ações que devem ser tomadas para as conquistas virem? Só contratações de reforços não vai adiantar, pois o Sport também precisa de um treinador de verdade, de dispensas e para isso é necessário muita atitude do presidente e da diretoria, pois a torcida já faz sua parte muito bem.

Fonte: Sportnet

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