terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Presidente do Bahia diz que Angioni trabalha sob certos "parâmetros"

No Bahia é assim: o gestor de futebol Paulo Angioni tem liberdade para negociar os jogadores, mas quem dá a palavra final é Marcelinho Guimarães. Assim garantiu o presidente do clube, em entrevista exclusiva na redação do Grupo A TARDE nesta segunda-feira, 12.

“A gente faz tudo em conjunto. Ele tem dentro do departamento de futebol total liberdade para fazer as negociações, mas nenhum contrato é fechado ou nenhum jogador é liberado sem a minha concordância”, declarou Marcelinho.

Segundo o presidente, Angioni tem certos “limites” pré-acordados para negociar a contratação dos jogadores. “Qualquer decisão, inclusive financeira, é tomada por mim. De modo que, no momento da negociação, ele já sabe o que ele pode fazer, qual é o valor que pode gastar. Ele tem uma certa liberdade dentro de alguns parâmetros”, completou.

Sendo assim, as contratações realizadas em 2011, muitas delas consideradas equivocadas por parte da torcida, têm a responsabilidade de Marcelinho sobre elas. O dirigente, no entanto, discorda desta opinião e apresenta um novo ponto de vista para o problema.

“Não quero dizer que foram um erro. Sempre que há uma continuidade administrativa, temos a oportunidade de planejar melhor o time. Somos criticados, algumas vezes com razão, por não ter mantido uma base de um ano para outro. Mas não é porque não quisemos fazer isso. Às vezes o clube não estava preparado para isso. Em que sentido? Em que os profissionais que nós tínhamos não queriam ficar. Porque o Bahia não tinha credibilidade, porque os jogadores não sabiam se iam ganhar salário, porque não sabia se o time ia ficar na Série A... Havia toda uma desconfiança, o que você vai ganhando ao longo do tempo”, explicou Marcelo Filho.

E completa, apresentando o que entende ser a atual situação do clube. “Há quanto tempo vocês da imprensa não ouviam os jogadores dizerem o que disseram esse ano? 'Quero ficar no Bahia', 'o Bahia paga em dia', 'o Bahia tem estrutura'? O elenco quase todo diz isso. Nos outros anos, a gente não via isso. O Fábio Bahia, por exemplo, era um jogador que nós queríamos que ficasse em 2011, mas surgiu uma proposta de fora e ele tomou sua decisão. Tenho certeza que, se fosse agora, ele teria pensado duas vezes. O clube está, a cada dia que passa, mais preparado para isso. Assim, vamos conseguir que a base seja mantida, e a tendência é que o resultado apareça”, exaltou o dirigente.

Fonte: A Tarde

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