A Polícia Civil da Bahia quer saber quem filmou e divulgou na internet imagens do corpo de Kelly Sales Silva, 22 anos, a “Kelly Cyclone”, no interior do IML (Instituto Médico Legal) de Salvador.
Conhecida como “patroa do tráfico” pelo relacionamento com traficantes de drogas, Kelly Cyclone foi morta no último dia 18. O corpo foi localizado na rua em Lauro de Freitas (região metropolitana de Salvador), com marcas de tiros e agressões.
Em vídeo publicado na internet na última quarta-feira (27), o corpo de Kelly aparece em uma maca no IML, antes de ser periciado. Enquanto filma uma sala com cadáveres, um homem faz comentários em tom jocoso: “Já foi. Tchau Gordinha. Essa aqui também já foi.”
O Departamento de Polícia Técnica da Polícia Civil da Bahia confirmou que as imagens foram gravadas no interior da sala de necropsia do IML Nina Rodrigues, em Salvador. Informou ainda que o local é de acesso restrito a funcionários do departamento e a servidores terceirizados de limpeza. O caso está sob apuração da corregedoria da instituição, que deve levar até 30 dias para investigar o episódio.
Presença constante em programas populares de jornalismo policial de Salvador, Kelly Cyclone se tornou uma espécie de musa da periferia da capital baiana. Exibia o corpo e as mais de 20 tatuagens em fotos provocativas na internet, o que alimentava o culto em torno dela.
A mãe de Kelly, Maria Aparecida Sales, criticou a divulgação das imagens e disse que irá processar o Estado. “Nem na hora da morte dela ela tem descanso, não tem paz. Então eu quero justiça sobre isso e processar”, afirmou a uma TV local.
Fonte: IG
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