quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vitória mostra que a base ruiu

A história do futebol mostra que as grandes conquistas dos grandes clubes começam em casa, com o trabalho e a valorização das Divisões de Base. O Vitória deveria saber disso.

Foi vice-campeão brasileiro de 1993 e vice-campeão da Copa do Brasil de 2010, com um time formado à base dos garotos revelados na Toca do Leão. Rebaixado para a 2ª Divisão, o clube luta para voltar à 1ª Divisão desconhecendo seus próprios valores, e investindo em “velhos” conhecidos, jogadores que no folclore, no jargão do futebol, “são laranjas que não dão mais suco”.

O time que enfrentou o Náutico, de Fernando, Nino Paraíba, Alison, Maurício e Chiquinho; Zé Luís, Rodrigo Mancha, Lúcio Flávio e Geraldo; Neto Baiano e Marcelo, e os que entraram durante a partida, como Neto Coruja, Léo Fortunato e Rildo, não foram revelados na Toca do Leão. Apenas Neto Coruja veio ainda garoto da Catuense e tem parte dos seus direitos federativos vinculados ao clube do interior do Estado.

A lição, o exemplo em nível de futebol baiano, veio com o Bahia em 1988, campeão brasileiro com um time formado pelos garotos do Fazendão, como Ronaldo, João Marcelo, Zé Carlos, Charles e Sandro. Uma “fórmula” copiada pelo Vitória com sucesso em 1993, com o vice-campeonato brasileiro da Série A, com Dida, Rodrigo, Paulo Isidoro, Alex Alves, e no ano passado, no vice-campeonato da Copa do Brasil, com Lee, Rafael Cruz, Wallace, Anderson Martins, Fernando, Elkeson, entre outros.

A atual “safra” das Divisões de Base do Vitória foi “queimada” pelos próprios dirigentes com a perda do título de pentacampeão baiano de 2011, dentro da Toca do Leão, para o Bahia de Feira. Sob o comando do ex-técnico Antônio Lopes, o time disputou toda a competição com garotos como Romário, Júnior Timbó, Mineiro, Felipe, Uellinton, Mineiro, Esdras, entre outros, literalmente marginalizados no clube, pelo descontrole dos dirigentes nas contratações de “reforços”, na péssima campanha do time na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
Time terá mudanças para enfrentar o Boa

Independente de ter gostado ou não do que viu diante do Náutico, na derrota de 2 a 0, o técnico interino, Ricardo Silva, vai ter que mudar o Vitória para o jogo contra o Boa Esporte Clube, sábado, às 16h20, no Estádio Manoel Barradas. Seja para melhorar o desempenho da equipe, que vem de três derrotas seguidas, seja por causa de problemas de contusão ou suspensão, Ricardo Silva vai mexer na técnica e na tática.

Ontem, de volta a Salvador, o treinador comandou a primeira atividade, visando o próximo duelo. Os jogadores que atuaram os 90 minutos contra a equipe pernambucana, fizeram apenas uma atividade regenerativa, enquanto os demais disputaram um coletivo sob o atento olhar de Ricardo Silva.

O certo é que três importantes peças não poderão atuar. Maurício, expulso no jogo contra o Náutico, junta-se a Zé Luís, suspenso pela advertência do terceiro cartão amarelo e Rodrigo Mancha lesionado. As opções do treinador para a zaga vão de Léo Fortunato a Reniê e Gabriel Paulista. No meio, Uelliton deve entrar no lugar de Zé Luís, enquanto Neto Coruja herdaria a vaga de Mancha.


Fonte: Tribuna da Bahia

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